Alemanha trata o próximo compromisso como uma final


 

 

Intitulada como uma das favoritas da Copa do Mundo deste ano, a Alemanha se deparou com um cenário totalmente diferente do que estava previsto durante sua preparação. A seleção comandada por Joachim Löw não se encontrou diante do México, no último domingo, e passou a ser a única campeã mundial a perder na estreia da Copa do Mundo da Rússia. Além disso, com a vitória da Suécia, a equipe alemã passou a dividir a lanterna do Grupo F com a Coreia do Sul, ambos com nenhum ponto somado.


 

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A desorganização defensiva diante dos contra-ataques rápidos do adversário renderam à seleção alemã muitas críticas. Cientes da má atuação, os atletas reconheceram a situação. Mesut Özil admitiu o baixo nível apresentado:


 

- Claro que cometemos muitos erros. Temos que melhorar agora. A partida contra a Suécia já vai ser a nossa primeira final.


 

Além disso, atletas que vestiram as cores do país, também opinaram sobre a fragilidade da equipe. O ex-goleiro Oliver Kahn, agora comentarista no canal ZDF, fez referência ao esquema alemão:


 

- Khedira e Kroos recebem claramente pouca ajuda no centro, tanto de Julian Draxler de um lado, quanto de Müller do outro.


 

A semana começou agitada. Em plena segunda-feira, a seleção alemã cancelou toda a programação prevista para o decorrer do dia. O treino aberto e as coletivas de imprensa não aconteceram e deram lugar a uma reunião com cobranças internas, aumentando ainda mais a pressão da atual campeã. O capitão Manoel Neuer admitiu que exigências foram feitas entre seus companheiros, mas negou qualquer tipo de divisão ou conflito no vestiário alemão:


 

- Acabamos de ter uma reunião do time. Conversamos muito sobre como podemos melhorar. Havia muitas coisas que tínhamos de dizer na cara uns dos outros. Não há divisão entre nós. Somos nossos principais críticos. Temos jogadores experientes e ninguém fugiu da responsabilidade. Estamos insatisfeitos, muito decepcionados com nossa atuação contra o México. Não precisamos de uma segunda chamada de atenção. Cremos que vamos passar de fase. Só vamos jogar finais de agora em diante. Ganharemos de Suécia e Coreia do Sul se fizermos as coisas se encaixarem.


 

Diante da Suécia, no próximo sábado, Joachim Löw poderá fazer duas alterações. Os prováveis nomes que deverão deixar a titularidade são Mesut Özil e Sami Khedira. Marco Reus deve fazer a função de Özil, enquanto que na vaga de Khedira, é possível que entre Ilkay Gündogan ou Leon Goretzka.


 

Foto: Reuters


 

O retrospecto entre as equipes mostram bons números para os alemães que estão invictos há 11 jogos diante da Suécia: são seis vitórias e cinco empates. A última derrota para o adversário deste sábado aconteceu em 1978.

Alemanha e Suécia se encontram no próximo sábado, às 15 horas (Brasília), em Sochi. A vitória é fundamental para os germânicos. Em caso de nova derrota e dependendo do resultado do outro confronto do grupo, Joachim Löw e seus comandados podem dar adeus antecipadamente ao sonho de se tornar penta.

 

Fonte: Terra, UOL, Gazeta Esportiva, Globo Esporte.

 

Francielle Fabro