ALLEZ LE FRANCE

 

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(Foto Getty Images)

 

 

França e Croácia decidem a Copa do Mundo ao meio dia deste domingo (15) no estádio Luzhniki

 

Se compararmos a Copa do Mundo a um delicioso bolo, desses decorados lindamente, a final, com certeza, seria a cereja desta iguaria, ou melhor, da competição. A seleção da França conseguiu reunir os melhores ingredientes e está a um passo de sagra-se a melhor do mundo. O grupo superou todos os obstáculos e demonstrou qualidades excepcionais, em grupo e individualmente. Agora, o céu é o limite.

Existem algumas boas razões para que os Bleus levantem a taça no final do duelo contra a Croácia. A primeira delas tem a ver com a solidez do time que, tanto defensivamente quanto na frente, impressionaram durante todo o torneio. As estatísticas falam por si. Desde o início da competição, a França perdeu em um jogo por apenas nove minutos; Kanté recuperou a posse 48 vezes, mais do que qualquer outro jogador no torneio; Com oito vitórias em seus últimos 11 jogos (73%), Didier Deschamps tem a maior porcentagem de vitórias de qualquer técnico que tenha comandado uma equipe por pelo menos dez partidas na Copa do Mundo da FIFA.

Outro fator de extrema relevância é o espírito de equipe e os jogadores de Deschamps são uma lição quando o assunto é união. Passamos agora ao nível do futebol deste grupo, onde todos são de um talento ímpar e, com isso, podem dar uma contribuição decisiva no confronto. No meio de tantas estrelas, existe uma humildade visível nas comemorações dos gols e vitórias. Parece que todos colocam como estrela maior, a camisa que defendem e, isso é, prova de amor maior no futebol.

Eles são um grupo coeso, do goleiro ao atacante, todos 100% envolvidos e comprometidos com a missão da equipe. É a marca de uma equipe capaz de chegar aonde chegou. Vinte anos depois de seu primeiro e único título mundial, os franceses estão prestes a repetir o feito. Tem um simbolismo a equipe que está em seu caminho seja a Croácia, a mesma derrotada na semifinal durante aquela campanha triunfante em 1998.

Em sua última coletiva antes da final, Griezmann disse que não existe uma atuação individual e reconheceu a mudança de seu próprio estilo de jogo para ajudar a Les Bleus. Segundo ele, seu modo de pensar e de agir está totalmente voltado para a equipe, pouco importando as premiações individuais.

“Meu jogo mudou, estou em uma função de dar o ritmo de que a equipe precisa, criar chances fortes, segurar a bola ou acelerar. Se eu marcar gols, melhor, mas sou um jogador que pensa na equipe. Se ganharmos, com ou sem bola de ouro, não me importo nem um pouco. Quero ganhar a Copa do Mundo e farei tudo em campo para conseguir”, afirmou.

Tudo indica que, para esta final, Didier Deschamps vai continuar com a formação 4-2-3-1 com Olivier Giroud atuando como um centro-atacante. O técnico sabe da eficiência do trabalho do jogador em pressionar os defensores rivais e na criação de espaços para a dupla Antoine Griezmann e Kylian Mbappe mostrar sua habilidade. Giroud pode não ter feito um gol nesta Copa, mas e daí? Todo o resto compensa.

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Olivier Giroud faz toda a diferença no esquema Deschamps

(Foto: Getty Images)

 

Kylian Mbappe se tornará o terceiro jogador mais jovem a aparecer em uma final da Copa do Mundo. O atacante da França entra na partida com a melhor porcentagem de chutes a gol na competição. Ele disse que o sucesso dos Bleus em alcançar a final tem a ver com o trabalho dedicado do grupo e garantiu que estão prontos para enfrentar os desafios do duelo, sem deixar de mostrar admiração pelos rivais.

"A Croácia tem um time impressionante. Eles mostraram que têm 'cojones'", disse.

Sobre o oponente da final, o goleiro Lloris também fez questão de exaltar a equipe.

“Jogaremos contra um adversário muito forte, que demonstrou qualidades físicas e mentais incríveis. Eles mostraram valores ao longo do torneio, passaram por três prorrogações. Então há algo de muito especial nessa equipe. Além do talento individual, eles têm uma força coletiva incrível. Temos muito respeito por eles”, analisou Lloris.

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Lloris, arqueiro capitão da França

(Foto: AFP)

Um dos goleiros menos vazados da competição, apenas quatro vezes em dois jogos, ele dá crédito ao treinador Didier Deschamps pelo sucesso do grupo.

“Acho que é responsabilidade do técnico, ele merece os créditos desde o início. Seus planos de jogo foram se adaptando sem a necessidade de mudar jogadores. Nós tentamos achar soluções juntos e o talento dos jogadores em campo se expressou naturalmente. Eles são abnegados e o futebol de hoje, em alto nível, exige isso”, disse.

O capitão francês ainda falou sobre uma possível disputa de pênaltis.  

“Teremos de estar concentrados nos 90 minutos, em 120 minutos, e se for para os pênaltis, sabemos que o Subasic já foi protagonista nesta Copa. Temos que estudar os oponentes, mas antes disso haverá uma luta, teremos que dar muita energia. A força mental é extremamente importante nessa fase do torneio. Teremos de lembrar todo o trabalho que tivemos. É hora de começar a partida com muito compromisso, desde o primeiro minuto”, concluiu.

A França deve entrar em campo com a seguinte formação: Hugo Lloris; Benjamin Pavard, Raphael Varane, Samuel Umtiti, Lucas Hernandez; Paul Pogba, Ngolo Kante; Kylian Mbappe, Antoine Griezmann, Blaise Matuidi; Olivier Giroud.

 

Allez le Bleus!

 

Por: Carla Andrade