DECEPÇÃO? JÁ VIROU A PALAVRA CHAVE

Bruno Golembiewski/CNMD

Há pouco mais de um ano atrás, para este mesmo Portal, eu escrevia um dos textos mais bonitos desta minha recente “carreira” de Colunista. Texto esse que contava a história da conquista da vaga na Série D, desde lá quando caímos, passando pelas eliminações, pelo acesso à elite do futebol gaúcho, e finalmente chegando ao Pelotas conquistando novamente uma vaga em uma competição Nacional. Eu era a pessoa mais feliz do mundo naquele dia.

Sem dúvida alguma esperávamos estar no estádio fazendo-o pulsar nesta Série D, fazendo da nossa casa o Alçapão, aquele mesmo que os times tinham até medo de jogar porque sabiam da força da torcida para empurrar a equipe. Infelizmente, isso não foi possível devido às condições que estamos enfrentando, e então eu me pergunto: Se fosse possível estar no estádio, seria diferente?

Será que faríamos a diferença nos jogos que vacilamos em casa, e hoje, invés de chorando uma eliminação estaríamos comemorando a classificação? Falo isso porque a eliminação de hoje não foi por ter perdido para o Marcílio Dias, foi por tudo construído ao longo do campeonato.

A eliminação de hoje passou pela teimosia de Ricardo Colbachini em escalar o time errado por mais da metade da competição. Foi por enxergar um futebol que Matheus Santana não tinha para estar no time. Foi pelos erros individuais que nos custaram a vitória em jogos como contra o Caxias.

Dentro da nossa própria casa, daquela Boca do Lobo que fervia com a torcida, que deixamos escapar essa classificação. Talvez fosse mesmo diferente com a Boca do Lobo cheia, talvez a pressão fizesse os jogadores ralarem a bunda no chão e honrarem a nossa camisa, mas é... isso é só uma hipótese. Hoje falamos aqui da eliminação.

Passamos o campeonato inteiro na zona de classificação – claro, muito mais por erro dos outros do que por mérito nosso – viramos o jogo historicamente contra o Novorizontino, fizemos a “maior goleada da Série D” no São Caetano e tudo isso só serviu para iludir o torcedor, do jeitinho que o Pelotas gosta, e na última rodada fazer o famoso “Flanelinha” guardando a vaga para os outros.

Já que a direção decidiu que não teria condições de jogar a Copa FGF 2020, que dava uma vaga de barbada para a CdB 2021, pois estávamos na luta pelo acesso (HAHAHA que piada), e por não termos dinheiro para bancar, ano que vem teremos mais um ano amargando em Estadual e copinha.

E já adianto o que vai acontecer: Faremos um time de promessas, para fazermos uma campanha pífia no Gauchão, já que além de tudo teremos meia cota devido ao “rebaixamento financeiro” que sofremos, sem dinheiro e rezando para não cair. Talvez beliscaremos algo na Copa FGF contra São Borja e 12 Horas e é isso. Foi isso que o Pelotas se tornou.

Sem tradição a nível nacional e passando vergonha a nível estadual. Fazendo o torcedor que paga mensalidade todo mês de trouxa apresentando esses times meia boca e justificando com as contas em dia e projeto de empreendimento na Boca do Lobo. Mais uma vez eu me decepcionei, o nosso time virou decepção ano após ano e nos resta aceitar.

Este texto foi muito mais um desabafo do que qualquer outra coisa. Ano que vem voltaremos, no Gauchão, na copinha, no que for. Porque a gente apanha todo ano, mas nunca vi a torcida desistir do time.

Saudações Áureo-Cerúleas e muito obrigada a quem acompanha o meu trabalho no Mulheres em Campo. Até qualquer hora!

 

Por Aline Souza.

 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, e opinião do Portal Mulheres em Campo.