NADAR TANTO PARA MORRER NA BEIRA DA PRAIA

 

     Podrán imitarnos, igualarnos jamás. 

            (Fonte: @bocajrsoficial) 



 

A Boca lo llevo en la sangre 

    Lo llevo en el corazón 

 

A caminhada na Liberta 2019 chegou ao fim. Mais uma vez, o nosso maior rival acaba com o nosso sonho. O que nos define nesse momento é o trecho daquela famosa música brasileira: 

"Vou nadar e morrer na beira da praia"

 

O desastre começou lá no primeiro jogo, disputado no começo do mês, no Estádio Monumental. Na ocasião o time não jogou bem, se deixou dominar, viu o inimigo "sambar" na nossa cara. Foi lá, com a derrota por 2x0, que a nossa queda começou. Ontem (22), La Bombonera estava lotada, a festa foi linda, sensacional, afinal a nossa torcida Xeneize é exemplo no mundo todo não é mesmo? 

O jogo até atrasou um pouquinho por causa da "chuva" de papéis no gramado. Quando a bola rolou foi um Deus nos acuda. Batimentos acelerados, a gente suando frio, aquele nervosismo e aquele pensamento de: "temos que marcar o primeiro gol ainda no primeiro tempo", para que tudo se encaminhe mais fácil nessa semi. A verdade é que o primeiro tempo terminou da maneira que começou: sem a redonda balançar as redes. Faltou efetividade ao grupo. 

Depois da afobação dos primeiros 45 minutos, era chegada a hora da verdade. Foi aquele Vai ou Racha e… foi. Mas o nosso gol demorou muito para ser marcado. Hurtado, no oportunismo, já perto do final do jogo, nos deu a alegria de gritar gol. Só 1x0 não era suficiente para avançar até a final. Precisávamos de mais um. O tempo foi passando, a gente foi se moldando a realidade que não ia dar mais e não deu. Final de jogo com Vitória Xeneize por 1x0, mas quem comemorou foi o inimigo, que pulou igual gazela no meio do nosso gramado para comemorar. 

 

               Fonte: @bocajrsoficial 


 

É claro que Carlitos Tévez iria à sala de imprensa falar da nossa queda. Em suas palavras ele disse:

 

"Sinto orgulho por essa gente, porque nem todo torcedor, quando perde um clássico para seu maior rival e sai de uma competição, tem a grandeza de te aplaudir de pé. Tenho muito orgulho de ser capitão deste clube e me dói na alma que não possamos dar alegria a eles". 

 

A raiva tomou conta de mim ao ver aquele pessoal correndo para o nosso gramado e comemorando daquela forma, mas o orgulho de vestir as cores azul e amarelo segue intacto. Só nesta Liberta riram da gente na primeira fase, nos deram por mortos nas fases seguintes e, se chegamos até aqui, foi por mérito próprio. Não precisamos da ajuda de VAR e nem de ninguém. Caímos sim, mas de cabeça erguida, de maneira honrosa, conseguindo um triunfo diante de tantos torcedores, que merecem sim ser aplaudidos por todos.  

Depois da final do ano passado fiquei descrente, mas no outro dia voltei a acreditar. Falei ontem que não iria mais ver futebol, mas quem ama perdoa, então cá estarei eu sempre apoiando, criticando quando joga mal e elogiando quando joga bem. 

 

Independente do que aconteça 

Siempre estaré a tu lado Boca Juniors Querido. 

 

Por Adri Domingos, fanática de Boca.