O Furacão de 2005

 

 

O ano era 2005. O dia e o mês: 17 de abril. O Campeonato? Paranaense. O jogo? ATLETiba da Final.

No elenco nomes como Alan Bahia, Aloísio, Ferreira, Denis Marques, Marcão, Diego e Aparecido Francisco de Lima, O LIMA!

 

 

Foto: Furacao.com

 

 

No início, o atacante não agradava a torcida, eis que havia jogado no time rival em 2002 e 2003. Entretanto, depois desse jogo as coisas mudaram para Lima.

Na semana antes da final, o Atlético jogou com o América de Cali ganhando de 2x1 com um gol de Lima aos 44 minutos do segundo tempo, definindo a partida e colocando o Atlético junto com o América na disputa da liderança do Grupo 1 da Copa Libertadores daquele ano.

Domingo, ATLETiba, grande expectativa para a decisão do título, já que o rival vinha campeão de dois torneios seguidos (2003 e 2004), e o último título do Furacão na competição havia sido em 2002.

Mais de 23 mil pessoas na Arena da Baixada acompanhavam a final que durou mais de 120 minutos. O empate garantia o título para o Coritiba. Então, quando Aloíso e Miranda trocaram tapas e foram expulsos logo no início do jogo, o time verde recuou, dificultando o ataque do Atlético.

Mas foi aos 12 minutos do segundo tempo, com a entrada de Lima, que tudo mudou. Lima deu um passe certeiro para os pés de Denis Marques que mandou a bola para o fundo da rede, deixando o Furacão na frente e a prorrogação garantida até ali. O Caldeirão ferveu. As duas equipes atacavam, mas o resultado não mudou, nem mesmo nos 30 minutos adicionais nos quais, com muita raça, o time manteve o 1x0 que garantiu a disputa nos pênaltis.

E é esse momento que não sai da memória dos mais de 23 mil Atleticanos que lá estavam. O Coritiba começou com as cobranças e logo na primeira, Capixaba chutou embaixo da bola e mandou longe do gol. Na sequência, Alan Bahia chutou no meio, sem chance para o goleiro Fernando. Rafinha e Negreiros convertem para o Coritiba e Fabrício e Maciel garantiram suas cobranças para o Furacão.

A última cobrança do rival. Reginaldo pegou a bola e mandou no travessão. Naquele momento já tinha Atleticano ajoelhado, Atleticano de costas, Atleticano abraçando desconhecido, Atleticano enfartando.

Então Lima pegou a bola. Sim, aquele Lima que havia anos antes, defendido a camisa do time verde. E naquele momento dramático, Lima não se intimidou e mandou logo a bola para dentro do gol, vibrando e fazendo com o que o Caldeirão todo viesse abaixo.

 

 

Foto: Gazeta do Povo

 

 

E é essa comemoração, esse grito de campeão e essa emoção que serão inesquecíveis para os torcedores Atleticanos!

Partidas como essas ficam na memória e no coração, para entrar na lista dos jogos memoráveis, inesquecíveis e inenarráveis.

 

 

Por Daiane da Luz