O Irã só quer a vitória, mas como parar CR7?

Nesta segunda-feira, às 15 horas (horário de Brasília), o Irã vai para o terceiro jogo dessa fase da Copa dependendo apenas de si mesmo para chegar às oitavas pela primeira vez. O jogo acontece em Saransk e uma combinação — pouco provável, mas não impossível — pode levar o Irã para frente em um grupo com as favoritas Espanha e Portugal.

 

FOTO: Photosiran

 

Um jogo mais marcado pelo encontro entre Cristiano Ronaldo e Carlos Queiroz, do que entre as seleções iraniana e portuguesa. A partida chama a atenção para o encontro entre o jogador da seleção de Portugal e o treinador do Irã, também português, que já se encontraram em outras oportunidades.

 

Queiroz foi auxiliar de Alex Ferguson no Manchester United quando CR7 esteve por lá, em 2008 foi técnico da seleção portuguesa ajudando a lapidar o garoto. Mas tudo isso não foi sempre paz e amor e foi uma declaração de CR7 que fechou a passagem do técnico que foi curta, mas o suficiente para saber o que o Irã tem pela frente.  Tanto é que ele chegou a dizer que para parar o jogador, a única solução é não tê-lo em campo.

 

O encontro agora acontece no melhor momento de suas carreiras. Queiroz vem para tentar a classificação do Irã, que jogou bem seus primeiros jogos, apesar da derrota para a favorita Espanha, porém sua equipe chegou a dar trabalho para a Fúria. Assim como conseguiu os 3 pontos no primeiro jogo da Copa, nos últimos minutos em gol contra de Marrocos.

 

Outro desafio do técnico é jogar contra a seleção de seu país de origem, questionado sobre a presença de Cristiano, ele disse que: “vai ser interessante ver como um grupo que é capaz de se super-sacrificar, se super-bater e se superar vai conseguir parar um super-jogador”.

 

O Irã só depende de si amanhã para chegar pela primeira vez nas oitavas de uma Copa do Mundo. Ainda de acordo com Queiroz (reprodução lance.com): “Alguns não queriam sequer que o Irã estivesse aqui, chegamos por mérito próprio. Ninguém dava nada por nós e nem sequer nos davam o direito de sonhar. Tivemos que nos inspirar e lutar muito para manter esta convicção de que o sonho vale a pena. Temos de trabalhar muito para chegar à segunda fase. Mas já nos sentimos felizes e orgulhosos pelo que fizemos”.

 

Lembrando sempre que o maior destaque que acompanha a seleção iraniana é o fato de várias mulheres estarem assistindo aos jogos dentro dos estádios russos. Isso é proibido no país de origem delas — o Irã e a luta de uma deve ser de todas, queremos ver as iranianas nas arquibancadas torcendo pelos seus times e pela sua seleção dentro de seu país!

 

Por Anna Gabriela.

Pelas mulheres no futebol.