SE A POSTURA NÃO MUDAR...

Cinco jogos no Campeonato, uma vitória. Três jogos na Boca do Lobo, dois empates e uma derrota. Ao todo já são três empates, uma derrota e só uma vitória, e a situação cada vez se complica mais. Se formos observar o histórico de Ricardo Colbachini à frente do Pelotas fica pior: Já se somam vinte jogos, com somente sete vitórias. 

E ainda assim o comandante segue insistindo no erro. Só nesse jogo, perdi a conta de quantos toques pra trás foram dados, no campeonato inteiro então nem se fala. Parece que o Pelotas não aprendeu nada com o vexame da Série D, ou com o rebaixamento financeiro no Gauchão passado. O Gabiga, queridinho do treinador – imagino que seja, pois é o único motivo para ainda ser titular – não cansa de entregar gol de graça ao adversário, e segue no time.

Marcão fez uma atuação quase perfeita no jogo contra o Juventude, mas hoje quem apareceu de titular foi Marcos Paulo, que em quatro jogos não fez nada pelo time. O Pelotas não acerta um passe de dois metros, não arma uma jogada, mas o treinador insiste em um formato de jogo que não temos condições e nem gente competente para executar. 

Relato tudo isso para perguntar, até quando? Até quando o Pelotas vai entrar em campo perdido? Até quando o time vai passar mais da metade do jogo recuando a bola pro zagueiro? Até quando, em uma dessas recuadas, o Gabiga vai errar um passe simples e entregar o gol? Até quando Colbachini fica? 

No jogo deste domingo, o emprego do comandante foi salvo nos últimos minutos, e adivinha quem foi o autor do gol da “salvação”? Sim, o Marcão que ele insiste em deixar no banco. 

Há pouco tempo, se me perguntassem sobre a permanência do técnico diria que era preciso confiar, era preciso dar mais tempo, que tudo ia se ajeitar, mas agora o tempo já acabou. Estamos indo para a sexta rodada de um campeonato curto com UMA vitória. Vitória essa que, além de tudo, foi conquistada no sufoco. Esse ano não tem pandemia que salve o Pelotas de uma Divisão de Acesso em 2022 se a postura não mudar. 

O próximo compromisso áureo-cerúleo é mais uma vez na Boca do Lobo, na quinta-feira (25), contra o Aimoré. Nada além de uma vitória e uma atuação convincente pode ser suficiente para que Colbachini permaneça. É a última chance, tem que ser a última chance de acertar, porque depois desse jogo talvez já seja tarde demais para conseguir salvar alguma coisa. 

 

Por Aline Souza

 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.