A Colômbia enfrenta o Chile, nesta sexta (28), às 20hs, na Arena Corinthians, pelas quartas de final da competição 

Foto: Divulgação CONMEBOL

“Ganhar ou crescer são as opções que temos para a Colômbia. O campeão é o Chile. Chegamos aqui para ganhar, aprender ou crescer com eles. Nós não temos nada a perder, eles têm o título que podem perder.”

Foi essa a resposta dada pelo técnico Carlos Queiroz ao ser questionado sobre um possível favoritismo da seleção colombiana no duelo contra o Chile, em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta (27). 

Queiroz fez questão de manter a humildade e frisou que os chilenos defendem o bicampeonato da Copa América, enquanto o principal objetivo de seu elenco é continuar sua evolução. Sobre a partida, ele projetou: 

“Sabemos que vamos jogar contra uma grande equipe, com Rueda, que conhece muito bem os colombianos e as equipes da Colômbia, e é um grandíssimo treinador. Mas eles também sabem que vão encontrar uma Colômbia com muita vontade e disposição para brigar. Nós não vamos fazer as coisas fáceis para eles. Todos sabem a responsabilidade e o elenco entrará concentrado e disposto a dar o seu melhor em campo”, avaliou.

O técnico não fez sigilo sobre a possível equipe que colocará em campo e disse que o fato do adversário ter essa informação, não o torna mais competitivo. Desta forma, a Colômbia deverá ter a seguinte escalação: Ospina; Medina, Yerry Mina, Davinson Sánchez e Tesillo; Barrios, Uribe, Cuadrado e James Rodríguez; Roger Martínez e Duván Zapata.

“Nós temos uma situação muito boa. Estou tranquilo porque graças a Deus, todos os jogadores estão prontos e bem. Cuadrado mesmo está melhor do que imaginávamos e ele tem um altruísmo fantástico e trabalha bem em equipe. Durante a temporada teve lesões e evitei colocá-lo em campo para não afetar seu rendimento. Vai estar pronto para jogar contra o Chile”, elucidou.

O técnico Carlos Queiroz na coletiva de imprensa

Foto: Thiago Bernardes - CONMEBOL

Sobre a ausência do atacante Falcao García na lista, Queiroz explicou que tem atletas com muito talento em seu plantel e todos têm a capacidade de colaborar com boas atuações. “O importante é a força da Colômbia são os jogadores e a força deles é a equipe. É assim que pensamos, sem ter predileção por James ou Garcia”, destacou. 

Ele também descartou a possibilidade de mudar de tática de acordo com o adversário e afirmou preferir manter a identidade própria da equipe, construída ao longo da preparação para o torneio. O técnico também comentou o fato deste ser o duelo mais equilibrado do mata-mata. 

“As quartas são finais antecipadas, pela técnica e qualidade dos jogadores e todas as partidas são muito duras sob o ponto de vista emocional. Quando o time sabe que tem de decidir em 90 minutos é seguro que a partida tenha um maior grau de tensão e intensidade. É o que queremos e por isso estamos aqui, ver e desfrutar grandes jogos de futebol”, declarou. 

Para o meia Matheus Uribe, o Chile é o melhor rival que a seleção colombiana poderia enfrentar nesta etapa da competição. 

“O Chile joga bem com a bola, a coloca no chão mas também deixa espaço e nos dá opção de jogar e nós estamos fazendo um bom trabalho com a bola. Temos sido muito verticais e isso tem nos ajudado a contrabalançar o jogo da equipe adversária, mas vamos enfrentar tudo no passo a passo”, argumentou o jogador.

A equipe cafetera conquistou sua classificação como líder do Grupo B, com 100% de aproveitamento, e venceu a Argentina, o Qatar e o Paraguai. Até então, nunca venceu os chilenos nos três jogos de eliminação direta que disputaram no torneio continental. No entanto, para tudo tem a primeira vez e quem sabe esse jogo pode mudar os rumos da história.

Carla Andrade