Um grupo que quer quebrar uma maldição

Era uma vez um time que não jogou uma Copa do Mundo em 1990. Foi um período difícil ficar de fora, mas quando voltou para o Mundial, as coisas não facilitaram muito. Aquele time passou a carregar uma maldição. Por mais promissora que a geração fosse, por melhor que fosse a campanha na primeira fase da competição, ela não conseguia passar das oitavas de final. Não importava se estivesse perto de casa, como em 1994, nos Estados Unidos, quando foi eliminado pela Bulgária. As luzes francesas também não ajudaram em 98 quando a Alemanha tirou o time da Copa. E um novo carrasco aumentou ainda mais a dor daquele time: a Argentina nos anos de 2006 e de 2010. Em 2014, uma nova esperança surgiu, uma geração que já havia conquistado uma medalha olímpica anos antes, mas a Holanda acabou com os sonhos daquele time mais uma vez nas oitavas.

Nesta segunda (2) às 11h, esse time que luta tanto irá tentar quebrar, mais uma vez, tentar quebrar essa maldição. O desafio não será fácil. O México enfrenta o Brasil, o maior campeão de Copas do Mundo, mas para quem já enfrentou diversas dificuldades, o tamanho do adversário não assusta.

 

(Foto: FIFA / Divulgação)

 

Não assusta porque um adversário tão grande quanto o de amanhã já esteve na frente do valente time, mas eles venceram: 1 a 0 sobre a Alemanha, atual campeã do mundo, logo na estreia. Na sequência esse mesmo time venceu a Coreia. Até perdeu uma batalha contra a Suécia, mas quando tudo parecia perdido, a Coreia deu uma mãozinha e manteve os guerreiros mexicanos vivos na guerra. E para se manter vivo, o líder do grupo, Juan Carlos Osório, já determinou: vai colocar o time para atacar, pressionar o adversário e não deixar que suas investidas dêem certo:

 

“Vamos disputar a posse de bola, pois temos meias com muita qualidade. Acredito que podemos ter superioridade numérica no meio campo. Será uma tarefa titânica, mas acreditamos. Nosso pensamento não é em ficar atrás, porque sabemos que o Brasil tem muita qualidade e sempre acaba fazendo gol em quem só se defende”

 

O exército também conta com soldados habilidosos como Chicharito Hernandez, Losano e o cérebro do time, Hector Herrera que são rápidos e ameaçam qualquer defesa. Por falar em defesa, se o adversário conseguir chegar próximo ao gol, Guillermo Ochoa, o paredão mexicano garante que a bola não passará. Ele já fez isso em 2014, quando o México enfrentou o mesmo adversário. O jogo terminou 0 a 0, muito por conta das defesas que ele fez.

Além dos guerreiros em campo, o México conta com um outro exército: composto de milhares de pessoas que cantam, apóiam e contagiam a todas com a sua alegria. E em Samara não será diferente e eles esperam que o final dessa história de maldição seja diferente também.

 

Por Camila Leonel