Uma semifinal de tirar o fôlego

 

 

Muitos aqui devem estar se perguntando, porque a pessoa escolhe falar de uma semifinal de campeonato, considerando ele como jogo marcante, ao invés de falar do jogo da final que deu o título mais importante da história do seu time?

A resposta é apenas uma, porque esse jogo meus amigos, foi digno de uma final!

Dia 09/12/2001, Estádio Joaquim Américo Guimarães, mais conhecido como Arena da Baixada ou Caldeirão do Diabo.

Esse dia estava marcado para entrar para a história do Clube Atlético Paranaense, a partida era pela semifinal do campeonato Brasileiro de 2001. Atlético Paranaense e Fluminense disputavam a vaga para a final em jogo único, como o Furacão havia terminado a primeira fase em melhor posição, disputava as partidas em casa.

O jogo começou agitado, ambos os times buscavam o gol para conseguir abrir o placar. Mas foi o tricolor carioca que conseguiu marcar aos 44 minutos do primeiro tempo, com Magno Alves.

Afinal, é muito importante destacar que nessa partida teve 5 gols, mas somente 2 jogadores marcaram.

 

 

Fonte: Tribuna do Paraná (época)

 

 

Aquele gol no fim do primeiro tempo, não assustou a torcida rubro negra, que lotava o Estádio para apoiar o time para uma final inédita, muito pelo contrário, deu até uma força maior para cantarem.

O time sentiu a força que vinha da torcida e logo no início do segundo tempo, em um escanteio cobrado e uma confusão na área do Fluminense, o goleiro do tricolor carioca tentou defender mas cedeu o rebote e Alex Mineiro estufou a rede, era o empate do Furacão.

Era o que a torcida precisava para explodir em alegria e empurrar o Atlético para a virada.

E ela veio aos 24 minutos, após uma reposição de bola, a zaga do Fluminense se atrapalhou e a bola sobrou no pé dele, Alex Mineiro, que correu em direção ao gol, ficou cara a cara com o goleiro e não desperdiçou a chance de virar a partida.

Mas a alegria da nação rubro negra durou pouco, após uma falta sofrida no meio do campo, o Fluminense levantou a bola na área e após ela ser ajeitada de cabeça, sobrou no pé de Magno Alves, que de fora da área chutou no canto do goleiro, era o empate de um jogo que não parecia ter fim.

Mas tinha e esse fim era com as glórias e todos os méritos de Alex Mineiro.

 

 

Fonte: Tribuna do Paraná (época)

 

 

Aos 44 minutos do segundo tempo, depois de receber no meio do campo, Alessandro tocou uma bola açucarada para Alex Mineiro, que entrou na área e chutou no canto do goleiro Murilo, sem chance de defesa e sem tempo para mais nada.

Não era possível acreditar, pela primeira vez na história o Furacão estava na final do Brasileirão e depois desse jogo, não havia um atleticano naquele estádio ou em qualquer canto do Brasil, que não acreditasse que aquele título brasileiro de 2001 seria nosso.

Foi um jogo sofrido, suado e digno do ano que fizemos, merecíamos ir para a final, merecíamos ser campeões.

Mas acima de tudo, merecíamos manter a mística do Estádio Joaquim Américo, onde era quase impossível nos vencer, onde a torcida transformava ali num verdadeiro Caldeirão do Diabo, onde eu aprendi a amar incondicionalmente esse time, onde eu vi o quanto a força de uma torcida é capaz de levar um time a conquista de um título.

 

 

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Fonte: ESPN Brasil

 

 

A torcida é o bem mais precioso de um time de futebol, ela é o presente, o passado e vai ser o futuro. Eu faço parte da história do meu clube, foi da arquibancada que eu vi jogos marcantes e jogos que eu quero esquecer, mas também foi ali mesmo, ao lado do meu pai, ou até mesmo no meio de pessoas que nunca vi, que eu jurei defender suas cores e te amar até a morte.

 

 

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Fonte: Brazuca FC

 

 

Foi nesse jogo, depois de todo esse turbilhão de emoções, que eu disse para mim mesma: “EU TENHO ORGULHO DE SER RUBRO NEGRA”.

 

Nay Bortolotti